IORM distribui kits com comidas típicas para fortalecer vínculos e resgatar memória cultural

By 16 de julho de 2020Notícias

Para o Instituto Oswaldo Ribeiro de Mendonça – IORM, toda oportunidade de convívio é também oportunidade para educar, trocar experiências. Em respeito às tradições culturais, nos primeiros dias do mês de julho, o IORM fez a entrega de kits contendo comidas típicas para alunos dos projetos oferecidos nos municípios de Orlândia, Guaíra, Ipuã e Miguelópolis.

Mais do que a entrega do kit, a distribuição, que respeitou também todas as regras do distanciamento social, foi a oportunidade para promover uma confraternização em Casa e ao mesmo tempo recordar memórias por meio de fotos, registros e contação de tradições passadas de pais para filhos, fortalecendo vínculos e revivendo momentos relevantes para o indivíduo em sua troca com a comunidade.

A equipe social do IORM, foi responsável pelo incentivo ao resgate das memórias, estimulou os alunos assistidos pelos projetos a trazerem para o presente as situações vivenciadas no passado por pessoas de sua convivência, como pais, avós e tios em sua relação à cultura dos festejos e confraternizações tradicionais da época, o que culminou com a produção de breves vídeos com depoimentos, contação de história e ilustrações.

O envolvimento e a participação das crianças neste projeto construtivo e investigativo foram considerados pela equipe como muito rico e democrático. A cada registro compartilhado pelos grupos de pais, era nítido o entusiasmo de todos e o quanto a história de cada um é importante para a sua formação como indivíduo.

“À primeira vista, lembranças sobre os festejos, encontros e confraternizações de nossos antepassados ficam presas ao passado. A memória é dinâmica e conecta as pessoas, além de temr uma capacidade incrível de despertar o interesse pelo diálogo com os filhos, a realização de rodas no lar para rever fotos e histórias do passado.”, destaca a assistente social do IORM, Letícia Maria Gerim.

Este têm sido aspectos de um olhar cuidadoso da equipe social, para proteger a memória afetiva de crianças e adolescentes, trazendo à tona recordações positivas, que ao mesmo tempo proporcionam os subsídios para que as crianças entendam sobre a vivência de momentos bons e ruins. “A partir desta materialidade, é possível demonstrar que as situações são passageiras e estabelecer o diálogo baseado nas experiências positivas que contribuam para fortalecer estes laços familiares. É preciso que as crianças e adolescentes possam compreender o mundo por meio de seus aspectos simbólicos da memória cultural de seus pais, enfatizando seu papel na construção de identidades reconstruindo a partir deste exercício outras novas memórias.”, afirma Letícia.

“Reforçamos junto a nossos alunos e suas famílias a dimensão cultural e não religiosa dessa manifestação. A proposta da pesquisa partiu dessa premissa. O IORM respeita o multiculturalismo e as diversas manifestações religiosas. A tradição cultural tem muito a nos contar. Foi uma confraternização revestida de cultura em que cabiam todos, e não uma celebração religiosa”, atesta a coordenadora artística do IORM, Valéria Pazeto.

Alunos do IORM relembram festejos juninos como um marco desta época nas memórias culturais de suas famílias.

“A Festa Junina na época da minha avó era muito legal. A principal brincadeira era pular a fogueira. Aqueles que conseguissem se tornavam comadre e compadre.”

Júlia Milena Gerim – Usina da Dança Ipuã – Turma 3 da Tarde

“Muitas pessoas participavam das quadrilhas na época da minha mãe. Todos os dias as quadrilhas eram levadas para as comunidades próximas. Havia muita comida típica como milho, polenta, abóbora e pipoca.”

Enzo Lucas da Silva – Usina da Dança Ipuã – Turma 1 da Tarde

“Quando a festa junina acontecia na escola, cada criança levava um prato de quitanda doce ou salgado. Já as festas juninas dos bairros, eram organizadas por uma pessoa da comunidade. Havia balões, fogueiras e comidas típicas”.

Caroline de Souza Elias – Projeto Usina da Dança de Guaíra – Turma 3 da Tarde

“Meu pai participava da festa junina de bairro em uma cidade vizinha. Tinha barraca do beijo, cadeia, comidas típicas e quadrilha”.

Eduarda Pereira Matias da Silva – Projeto Usina da Dança de Guaíra – Turma 1 da Tarde

Guaíra

Orlândia

 

 

Miguelópolis

Ipuã

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